7 Hábitos que pioram a blefarite

7 Hábitos que pioram a blefarite

Você sabia que existem hábitos que pioram a blefarite? A doença é uma inflamação crônica que atinge as margens das pálpebras. Apesar de não ter cura, há alguns tratamentos, como a luz intensa pulsada, que pode levar à remissão dos sintomas em longo prazo. Para além do tratamento, quem convive com a condição precisa conhecer alguns hábitos que pioram os sintomas.

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica periocular, a blefarite causa sintomas como inchaço nas pálpebras, coceira, vermelhidão no globo ocular e nas pálpebras, sensibilidade à luz (fotofobia), ardência, perda de cílios e formação de crostas nas bordas das pálpebras que podem, literalmente, “grudar” os olhos. “Os sintomas tendem a ser piores pela manhã, principalmente quando o paciente não costuma se preocupar com alguns cuidados que podem ajudar a minimizar os sintomas”.

Com a ajuda da especialista, elaboramos uma lista dos principais hábitos que pioram a blefarite. Confira abaixo

Hábitos que pioram a blefarite

1.Usar lápis nas margens palpebrais

A blefarite é causada pela obstrução dos ductos das glândulas sebáceas das pálpebras, chamadas de glândulas de Meibômio. Estas estruturas se localizam nas margens palpebrais, exatamente onde as mulheres costumam passar lápis e delineadores. Quem tem blefarite deve evitar o uso destes itens de maquiagem, reservando-os apenas para ocasiões especiais.

2. Abusar do rímel

O rímel é outro produto que deve ser usado com parcimônia pelas pessoas com blefarite. Ele pode se acumular na base dos cílios e piorar a obstrução das glândulas meibomianas. Os piores são àqueles à prova d’agua. A recomendação é usar de vez em quando e dar preferência para fórmulas mais leves ou incolores.

3. Usar pinceis e esponjas de maquiagem sujos ou contaminados

Os pincéis e esponjas usados para se maquiar podem acumular resquícios de queratina e tecido orgânico, quando não passam por uma limpeza de forma regular. Ao longo do tempo, estes objetos se tornam um meio de cultura para a proliferação de micro-organismos. Vale lembrar que a maioria dos casos de blefarite está associada a infestação de ácaros Demodex, que se alimentam de restos da pele e do sebo, produzido pelas glândulas de Meibômio.

4. Compartilhar itens de maquiagem

O compartilhamento dos itens de maquiagem ou dos utensílios para aplicar a maquiagem, como pinceis e esponjas, é contraindicado para qualquer pessoa. Contudo, quem tem blefarite deve evitar, ao máximo, emprestar itens de maquiagem ou pedi-los emprestados. O risco é de transmissão de micro-organismos, que podem gerar infecções ou agravar os sintomas da blefarite.

5. Usar produtos que pioram a oleosidade da pele

Um dos fatores de risco para o desenvolvimento da blefarite é a dermatite seborreica. Nestes casos, é preciso tomar cuidado com cosméticos faciais que possam piorar a oleosidade da pele. O ideal é evitar usar hidratantes muito próximo das margens palpebrais e optar por produtos “oil free” ou ainda de acordo com o tipo de pele.

6. Não remover a maquiagem

A remoção da maquiagem é crucial para prevenir o agravamento da blefarite. A maquiagem, como já dissemos, pode agravar a obstrução das glândulas sebáceas, bem como aumentar o risco de contaminação ou proliferação de micro-organismos.

7. Não realizar a higiene diária das pálpebras

A higiene das pálpebras é mandatória para quem tem blefarite, principalmente pela manhã e antes de dormir. Ao longo do tempo, sem a limpeza correta, a região fica repleta de crostas com secreções endurecidas, que lembram caspas. Também aumenta o risco de perda dos cílios, bem como pode causar mais coceira e vermelhidão.

Como evitar os hábitos que pioram a blefarite

  • Maquiagem na região periocular

Quem tem blefarite precisa tomar certos cuidados ao usar maquiagem na região dos olhos. O primeiro hábito é evitar o uso diário de lápis na margem das pálpebras, reservando a utilização de lápis e delineadores para ocasiões especiais. O mesmo cuidado serve para o rímel, principalmente os que são à prova d’agua ou muito densos. Se possível, opte por produtos transparentes para o dia a dia. Quanto as sombras, prefira as texturas mais leves, evitando passar muito rente aos cílios.

Vale lembrar que é importante prestar atenção na validade dos itens de maquiagem, pois quando vencidos podem desencadear reações alérgicas!

  • Limpeza e remoção da maquiagem

A remoção da maquiagem na região dos olhos deve ser feita com delicadeza e com uso de produtos específicos para a área periocular.

  • Higienização dos pinceis e esponjas de maquiagem

A recomendação para mulheres que usam maquiagem com regularidade é realizar a limpeza de pinceis e esponjas de forma periódica. A higiene pode ser feita com detergente neutro e água. Lembre-se que os itens devem secar bem antes de serem guardados.

  • Escolha produtos de acordo com a sua pele

Hoje existem produtos para todos os tipos de pele. Para pessoas com blefarite que possuem pele mais oleosa, a recomendação é usar sabonetes e cremes faciais oil free. Além disso, é bom evitar passar cremes hidratantes muito próximos das margens palpebrais.

  • Higiene das pálpebras

Pessoas que têm blefarite precisam realizar a higiene das pálpebras diariamente. Você pode usar shampoo neutro infantil diluído em água.

1-Aquecimento das pálpebras: Como as secreções ficam endurecidas, é preciso aquecer para desgrudar e não machucar a pele. O ideal é fazer uma compressa com água morna e deixar de 3 a 5 minutos em cada olho.

2-Massagem: Depois de aquecer as pálpebras,faça uma massagem sútil de fora para dentro para eliminar a secreção acumulada.

3-Limpeza das pálpebras e dos cílios: Use a mistura da água com o xampu neutro diluído. Com a ponta dos dedos limpe as pálpebras e os cílios. Massageie suavemente, com movimentos circulares.

4- Limpeza da borda: Com uma compressa embebida na solução preparada, limpe as bordas superiores e inferiores do olho, sem encostar no globo ocular. Finalize a higiene e seque delicadamente a região.

A blefarite é uma doença crônica, mas felizmente hoje existem tratamentos como a luz intensa pulsada. “A IPL leva ao desaparecimento dos sintomas, reduz as crises e melhora a qualidade de vida do paciente. De qualquer maneira, é importante evitar os hábitos que pioram a blefarite e adotar os cuidados para prevenir o desencadeamento de novas crises”, finaliza Dra. Tatiana.  

Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em doenças das pálpebras. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo e realiza o tratamento do terçol com luz pulsada.

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423

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