Disfunção das Glândulas Meibomianas – Saiba mais

Disfunção das Glândulas Meibomianas – Saiba mais

A disfunção das glândulas meibomianas (DGM) é uma doença oftalmológica caracterizada pela alteração no funcionamento das glândulas sebáceas, localizadas nas pálpebras. A disfunção pode causar mudanças na quantidade ou na qualidade do sebo produzido pelas glândulas de Meibômio. Entre as principais consequências da DGM estão o olho seco, a meibomite e a blefarite.

Mas, antes de falarmos mais sobre a DGM, é preciso conhecer um pouco melhor as glândulas sebáceas e suas funções no corpo humano. As glândulas sebáceas se localizam na derme e nos folículos pilosos, ou seja, nas cavidades em que nascem pelos e cabelos. Elas produzem uma secreção oleosa chamada de sebo, que atua na lubrificação das superfícies, tendo ainda uma leve ação bactericida.

Margens palpebrais contêm inúmeras glândulas sebáceas

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, existem, aproximadamente, 25 glândulas meibomianas nas pálpebras superiores e 20 nas inferiores, localizadas nas bordas das pálpebras. “Uma das funções mais importantes destas estruturas é a produção do meibum, o sebo que forma a camada gordurosa do filme lacrimal. O meibum é essencial para evitar a evaporação da lágrima e, com isso, manter a superfície ocular lubrificada”.

De um modo geral, a DGM é considerada uma doença caracterizada pela obstrução dos ductos e/ou por alterações qualitativas e quantitativas na secreção do meibum.

“Estas condições desencadeiam um processo inflamatório nas glândulas de meibômio, chamada de meibomite. Por sua vez, a meibomite também pode levar à blefarite, que é uma inflamação crônica nas margens palpebrais. Enfim, a queda da qualidade e da quantidade do filme lacrimal prejudica muito a superfície ocular, levando também ao desenvolvimento da síndrome do olho seco”, explica Dra. Tatiana.

Ou seja, há uma relação íntima entre olho seco, blefarite e meibomite, ligada à disfunção das glândulas de Meibômio.

Idade é fator de risco para a disfunção das glândulas meibomianas

Nos últimos anos, estudos apontaram que alterações nas células, relacionadas ao processo natural de envelhecimento, levam à atrofia das glândulas meibomianas, sugerindo que alguns casos de DMG podem estar relacionadas a menor secreção do meibum.

Outros fatores de risco são dermatite seborreica, rosácea, uso de hormônios como a testosterona, menopausa, entre outras. Nestes casos, o mecanismo da doença está relacionado à secreção exagerada do meibum, que obstrui os ductos e causa uma queda da qualidade do filme lacrimal.  

Disfunção das glândulas meibomianas tem tratamento

Por trás da blefarite, meibomite e olho seco temos um processo inflamatório muito importante, agravado pela presença de bactérias e ácaros Demodex. Infelizmente, os tratamentos clínicos não são eficientes para reduzir todos os sintomas ou ainda por tempo prolongado.

Hoje, é cada vez mais evidente que não adianta tratar apenas uma das condições, já que blefarite, meibomite e olho seco quase sempre estão associadas à DGM. Portanto, é preciso adotar uma estratégia terapêutica que atinja todos os mecanismos envolvidos nestas doenças, para interromper o “ciclo vicioso” que se instala nestes quadros”, comenta Dra. Tatiana.   

Luz Intensa Pulsada na vanguarda do tratamento da DGM

Nos últimos anos, um dos tratamentos mais efetivos para as doenças relacionadas à DGM é luz intensa pulsada (IPL).

A luz pulsada é uma energia luminosa que na hora da aplicação se transforma calor. Esta energia térmica permitir a coagulação e ablação (cauterização) dos capilares, pequenos vasos sanguíneos associados à inflamação. Para além disto, a IPL reduz e elimina a proliferação de ácaros Demodex e bactérias. Estes micro-organismos liberam substâncias que agravam o estado inflamatório.

“Enfim, a luz pulsada ajuda a amolecer o sebo acumulado nas glândulas meibomianas. É importante realizar a expressão das glândulas para remover as secreções acumuladas. Podemos comparar ao ato de remover cravos e espinhas. Esta limpeza no final da aplicação é essencial para desobstruir os ductos e normalizar o funcionamento das glândulas”, finaliza Dra. Tatiana. 

A Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em doenças das pálpebras. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo e realiza o tratamento do terçol com luz pulsada.

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423

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