Quem tem rosácea tem mais chance de ter blefarite?

Quem tem rosácea tem mais chance de ter blefarite?

Sim! Quem tem rosácea, doença dermatológica que afeta a face, tem mais chance de ter blefarite, inflamação crônica que atinge a margem das pálpebras. Estima-se que a rosácea afeta 5% da população adulta e, em 20% dos casos, o paciente apresenta também blefarite e outros sintomas oculares.

A rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele que se caracteriza por vermelhidão, espinhas e vasos sanguíneos na zona central do rosto. Embora seja uma doença da pele, quem tem rosácea tem mais chance de ter blefarite.

Mas, por que uma doença de pele pode causar sintomas oculares?

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, a rosácea é uma doença inflamatória, que leva o sistema imunológico a liberar citocinas pró-inflamatórias, ou seja, substâncias que pioram o estado inflamatório. Além disto, a doença também é responsável pelo aumento da presença dos ácaros Demodex, principalmente nas pálpebras e cílios.

“Os ácaros Demodex em alta quantidade liberam substâncias que também agravam a inflamação. A infestação destes micro-organismos pode levar ainda à obstrução das glândulas de Meibômio, estruturas presentes nas margens palpebrais que produzem a parte gordurosa do filme lacrimal”, explica a médica.

Todos estes fatores, presentes em pessoas com rosácea, podem levar ao desenvolvimento da blefarite. Para além disto, podem agravar os sintomas em pessoas que já possuem o diagnóstico de inflamação crônica nas pálpebras.  

“Caspas nos cílios”

Uma das características mais comuns da blefarite em pessoas com rosácea é a presença de crostas na base dos cílios, que lembram “caspas”. “Há também presença de vermelhidão nas pálpebras, inchaço, coceira, ardência, perda de cílios e olhos grudados pela manhã”, comenta Dra. Tatiana.

Rosácea e blefarite: qual o melhor tratamento

Um dos tratamentos mais usados por sua eficácia em longo prazo para tratar a blefarite é a Luz Intensa Pulsada.

O princípio da luz pulsada é baseado em seu efeito térmico, cujo resultado é o amolecimento das secreções acumuladas nas glândulas sebáceas. Após a aplicação, o médico faz a “ordenha” das glândulas até desobstrui-las por completo. Isto ajuda a normalizar a produção e a secreção do sebo que compõe o filme lacrimal.

Outro efeito fundamental da luz intensa pulsada é a redução ou até mesmo a eliminação da infestação de ácaros Demodex. Isto tem impacto direto na redução dos fatores inflamatórios envolvidos na blefarite.

Aliás, vale lembrar que o uso da luz intensa pulsada na área oftalmológica foi precedida pelo uso dermatológico, justamente para tratar doenças como a rosácea. Os médicos observaram que a tecnologia não só melhorava os sintomas das doenças de pele como também atuavam em condições oculares, como olho seco e blefarite.

Como é feito o tratamento da blefarite com a luz intensa pulsada

A aplicação da luz intensa pulsada é rápida e indolor. Ao todo, são feitas três sessões, a cada 15 dias. Geralmente, os pacientes apresentam remissão dos sintomas por tempo prolongado. 

“Como a rosácea é, comprovadamente, um fator de risco para o desenvolvimento da blefarite e da disfunção das glândulas meibomianas, o ideal é que o paciente procure ficar atento aos sintomas e procurar um oftalmologista assim que possível”, finaliza Dra. Tatiana. 

Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista cirurgia plástica ocular e em doenças das pálpebras. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo e realiza o tratamento da blefarite com luz intensa pulsada.

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423

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