Terçol é mais comum no verão: Mito ou Verdade?

Terçol é mais comum no verão: Mito ou Verdade?

O terçol é comum no verão sim!

O terçol, também chamado de hordéolo, é uma infecção bacteriana aguda que atinge as bordas as pálpebras. Embora seja comum no verão, pode ocorrer em qualquer época do ano, principalmente em pessoas com predisposição e fatores de risco associados. Seja como for, é importante entender qual a relação do terçol com o calor.

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, no verão as altas temperaturas e a umidade podem criar ambientes propícios para o crescimento de bactérias. “Estas mesmas condições climáticas contribuem para o acúmulo de óleo nas glândulas sebáceas das pálpebras. “Desta forma, embora o terçol não esteja exclusivamente relacionado ao verão, as condições associadas a essa estação podem contribuir para o seu desenvolvimento”.

Para além disto, pessoas com meibomite, blefarite, dermatite seborreica e rosácea, entre outras condições, apresentam um risco ainda maior de desenvolver um terçol no verão ou ainda episódios repetidos da doença.

Parece uma espinha, mas não é

Normalmente, o hordéolo é causado pela bactéria Staphylococcus aureus. “Um dos primeiros sintomas do terçol é coceira e vermelhidão nas bordas palpebrais, com a formação de uma bolinha. A região fica bastante dolorida, vermelha e mais quente. Ao longo dos dias, surge um ponto de pus no terçol que lembra uma espinha, mas não é”, explica Dra. Tatiana.

“O fato de o terçol lembrar uma espinha pode levar algumas pessoas a tentar espremê-lo. Esta tentativa, além de doer muito, pode machucar a pálpebra e agravar a infecção. Portanto, é algo que não se deve fazer. Outro costume popular é passar um anel quente no terçol, o que também pode lesionar a região, causando até mesmo uma queimadura no local”.

Como prevenir o terçol no verão

1.Cuidados com a pele facial

Um erro muito comum no verão é lavar o rosto várias vezes ao dia, para reduzir a oleosidade da pele ou até mesmo para refrescar-se. Contudo, o excesso de limpeza pode remover a proteção natural da pele.

O que acontece, na verdade, é um efeito rebote: a produção de substâncias lipídicas aumenta para hidratar a pele. Há ainda outros fatores como água do mar, ar-condicionado e o cloro da piscina, que também contribuem para o ressecamento da pele.

Nestes casos, o segredo é manter a pele limpa, mas sempre bem hidratada. Opte pelo produto de acordo com o tipo de pele (mista, seca ou oleosa). Por último, escolha produtos com texturas mais leves, como gel e sérum. Na hora de aplicar, use somente nas pálpebras inferiores e em pouca quantidade.

2.Higiene das Pálpebras

Para quem tem diagnóstico de blefarite e meibomite, a limpeza das pálpebras deve ser diária. A remoção das secreções acumuladas nas margens palpebrais previne o surgimento do terçol. Veja o passo a passo da higiene das pálpebras.

Passo 1

Aquecimento das pálpebras: Como as secreções ficam endurecidas, é preciso aquecer para desgrudar e não machucar a pele. O ideal é fazer uma compressa com água morna e deixar de 3 a 5 minutos em cada olho.

 Passo 2

Massagem: Depois de aquecer as pálpebras, faça uma massagem sútil de fora para dentro para eliminar a secreção acumulada.

 Passo 3

Limpeza das pálpebras e dos cílios: O médico pode indicar um produto específico para essa etapa. Com a ponta dos dedos limpe as pálpebras e os cílios. Massageie suavemente, com movimentos circulares.

Passo 4

Limpeza da borda: O ideal é fazer isso diante de um espelho. Com uma compressa embebida no produto indicado pelo médico, limpe as bordas superiores e inferiores do olho, sem encostar no globo ocular.

3.Mãos longe dos olhos

Ao longo do dia, colocamos as mãos nos olhos ou na face inúmeras vezes. Claro que a maioria dos toques é automática. Mas, este costume leva micro-organismos que podem causar doenças, como o terçol. Coçar os olhos, portanto, é algo que não se deve fazer. Outra dica é sempre lavar bem as mãos quando for passar maquiagem ou ainda lentes de contato.

4.Cuidados com a maquiagem

Os pincéis e esponjas usadas para aplicar sombras, rímel, lápis etc., podem propiciar o crescimento de micro-organismos. Por isso, troque com frequência ou mantenha-os higienizados. Evite ainda compartilhar itens de maquiagem. Outro cuidado é remover a maquiagem dos olhos com produtos específicos para este fim. Lembre-se que a maquiagem pode obstruir as glândulas sebáceas, o que também aumenta o risco de desenvolver um hordéolo.]

5.Lentes de contato

As lentes de contato são práticas, mas exigem o uso responsável para prevenir problemas como o terçol. A higiene das mãos antes de manusear os olhos é mandatória. As lentes devem ser removidas para nadar e para dormir. Caso a pessoa esteja com terçol, o ideal é trocar as lentes pelos óculos até que o terçol melhore.

Terçol no verão (ou fora dele) melhora sozinho

Na maioria dos casos, o terçol se resolve espontaneamente, sem necessidade de nenhum tratamento. A única recomendação quando os sintomas incomodam, é aplicar compressas quentes para aliviar os sintomas e ajuda a desobstruir as glândulas. A compressa pode ser aplicada de 10 a 15 minutos, várias vezes ao dia.

Para quem apresenta episódios frequentes de terçol, o ideal é procurar um oftalmologista para uma avaliação. Hoje, existe um tratamento feito com a luz intensa pulsada para casos de terçol de repetição. Ao todo são realizadas 3 sessões, com intervalo de 15 dias. Veja mais informações nesse link. https://tatiananahas.com.br/2022/11/08/luz-intensa-pulsada/

A Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em doenças das pálpebras. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo e realiza o tratamento do terçol com luz pulsada.

Dra. Tatiana Nahas

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423

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