Qual a diferença entre excesso de pele e queda da pálpebra?

Qual a diferença entre excesso de pele e queda da pálpebra?

A diferença entre o excesso de pele e a queda da pálpebra é que a primeira condição, chamada de dermatocaláze, é consequência do processo de envelhecimento e costuma afetar ambas as pálpebras (lado esquerdo e direito).

Já a queda da pálpebra, chamada de ptose palpebral, é uma doença que pode ocorrer por diversos motivos e causa a queda de uma das pálpebras (ou lado direito ou lado esquerdo).

Agora, vamos falar um pouco mais sobre o excesso de pele e a queda das pálpebras. Muitas pessoas confundem essas duas condições, principalmente quando buscam um oculoplasta para realizar a blefaroplastia (cirurgia plástica nas pálpebras).

Um pouco mais sobre o excesso de pele nas pálpebras (dermatocaláze)

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em plástica ocular, o aumento de pele nas pálpebras é resultado do processo natural do envelhecimento. “Esse excedente da pele dificulta o movimento de abrir os olhos devido ao peso e à perda da força do músculo que levanta das pálpebras”.

Além do envelhecimento, o excesso de pele nas pálpebras pode ser consequência do tabagismo, perda da elasticidade da pele, insuficiência de colágeno, orbitopatia relacionada à tireoide, insuficiência renal, traumas na região, cútis laxa, síndrome de Ehlers-Danlos, amiloidose, edema angioneurótico hereditário e xantelasma.

Em resumo, na dermatocaláze é o excesso de pele que dificulta o movimento da pálpebra superior.

Queda da pálpebra (ptose palpebral) pode ser congênita

A ptose palpebral ocorre quando a pálpebra superior cai, ficando abaixo do nível normal ou esperado para essa estrutura. A ptose acontece quando há uma disfunção isolada ou conjunta dos músculos responsáveis pela elevação da pálpebra.

“É importante reforçar que o excesso de pele não tem qualquer relação com a ptose palpebral. Além disso, a queda da pálpebra pode afetar qualquer pessoa, inclusive crianças em sua forma congênita”, diz Dra. Tatiana.

O diagnóstico da ptose palpebral é dado quando o oftalmologista constata a incapacidade do músculo elevador da pálpebra superior de cumprir sua função, ou seja, de levantar a pálpebra. Outro diferencial é que em todas as formas de ptose, há problemas no funcionamento dos músculos ou nervos que participam dos movimentos palpebrais.

Quais são os tipos de ptose palpebral?

A ptose palpebral pode ser congênita ou adquirida. A forma congênita é aquela presente desde o nascimento, portanto afeta as crianças.

A queda da pálpebra adquirida tem diversas causas e isso define qual a sua classificação, sendo mais prevalente em adultos.

  • Ptose palpebral neurogênica: é causada por lesões no nervo oculomotor ou na via simpática ocular. É comum ocorrer em síndromes genéticas, como Horner ou Marcus Gunn.
  • Ptose palpebral miogênica: ocorre devido à distrofia do músculo levantador e está relacionada a doenças como miastenia gravis, oftalmoplegia crônica progressiva, entre outras.
  • Ptose palpebral aponeurótica: ocorre quando há deiscência (abertura), alongamento ou desinserção da aponeurose do músculo levantador da pálpebra.
  • Ptose palpebral mecânica: a queda está ligada ao aumento do peso da pálpebra pela presença de tumores ou de outras lesões. Aqui também se enquadram fatores como pós-cirúrgico de catarata, inflamações e uso de lentes de contato.

Confusão no autodiagnóstico

Para uma pessoa leiga, ou seja, sem formação médica, pode ser difícil diferenciar a dermatocaláze da ptose palpebral.

“O ideal é procurar o oftalmologista, preferencialmente o especialista em cirurgia plástica ocular para que o diagnóstico seja feito de forma segura. Outro ponto é que há casos em que a pessoa pode ter as duas condições associadas, ou seja, excesso de pele e algum tipo de ptose”, reforça Dra. Tatiana.

Tratamento cirúrgico pode não ser indicado para todos os casos

O excesso de pele nas pálpebras pode ser removido por meio da blefaroplastia. Por outro lado, nem todos os casos de ptose têm indicação cirúrgica. “Quando as alterações da ptose são muito sutis e não comprometem a visão, realizamos apenas um acompanhamento periódico. Nestes casos, a cirurgia seria apenas uma opção para adequar a estética”, comenta a especialista.

“O grau de severidade da ptose está relacionado à parte dos olhos que fica coberta pela pálpebra. Pessoas que apresentam uma queda muito acentuada precisam fazer a cirurgia, pois podem ter perda da acuidade visual”, ressalta a especialista.

É possível prevenir a queda da pálpebra?

Há muitas doenças que podem causar a ptose palpebral e a maioria delas não pode ser prevenida, como as síndromes genéticas, doenças autoimunes etc.

Já a ptose mecânica pode ser causada pela manipulação excessiva das pálpebras ou ainda pelo hábito de coçar muito os olhos. Portanto, nesses casos o ideal é não coçar os olhos e tomar cuidado ao colocar e retirar as lentes de contato.

Prevenção da dermatocaláze

Apesar do principal fator de risco da dermatocaláze ser o envelhecimento natural, é possível adotar certos cuidados para desacelerar o envelhecimento da pele.

  • Largue o cigarro
  • Durma bem
  • Use óculos de sol com lentes UVA UVB e use protetor solar nas pálpebras inferiores
  • Beba muita água
  • Reduza a ingestão de sal e sódio
  • Hidrate a região das pálpebras

Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular e Oftalmologia em Geral.

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423

 

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