Vista embaçada, dificuldade de ler de perto ou de longe e problemas para focar objetos. Essas são as principais características dos erros refrativos. Em geral, são causados por algum defeito na estrutura da córnea ou no formato dos olhos que faz com que a luz se desvie e não seja focada na retina, o que compromete a visão. Os erros refrativos mais comuns são a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.

A solução mais simples para os erros refrativos é usar óculos ou lentes de contato. Entretanto, nem todas as pessoas se acostumam com esses acessórios e preferem fazer a cirurgia refrativa, que pode ter um índice de sucesso de até 95%, ou seja, há aqueles que operam e mesmo assim ainda vão precisar dos óculos. Entretanto, novas tecnologias, como os lasers de alta precisão, garantem maior precisão nos procedimentos.

Nova tecnologia
Segundo a Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, hoje há diversas técnicas, porém, a mais utilizada continua sendo a LASIK. “Este é o procedimento mais comum para a cirurgia refrativa. O médico faz uma pequena incisão na córnea, corrige o grau e fecha”, explica a médica.

Com os avanços da medicina, a técnica LASIK ganhou novas ferramentas, como o Femtosecond laser. “Este é um laser extremamente rápido cujas vantagens em relação aos outros métodos são precisão e segurança. A cirurgia é mais rápida e o risco de danificar outros tecidos é significativamente menor. Também aumenta a qualidade da correção, diminui o risco de infecções e o tempo de recuperação”, comenta a especialista.

Nem todo mundo é candidato
A cirurgia refrativa pode corrigir graus altos e moderados de miopia, astigmatismo e hipermetropia. Entretanto, nem todas as pessoas são candidatas ao procedimento. “Em primeiro lugar é importante que o grau esteja estabilizado, no mínimo, há um ano. A cirurgia só pode ser feita a partir dos 18 anos de idade, porque antes disso há muita variação de grau”, diz a oftalmologista.

O que você precisa saber antes de fazer a cirurgia
A cirurgia refrativa dura, em média, 30 minutos e a recuperação, em geral, é rápida. “Depois do procedimento é normal sentir um desconforto e até um pouco de dor na região, sensação de areia ou coceira. É muito importante não esfregar, coçar nem usar maquiagem ou cremes por pelo menos 15 dias após a cirurgia”, completa. Praticar esportes e tomar banhos de mar ou piscina precisam ser adiados. Também é indicado utilizar óculos de sol com a proteção UV durante a exposição solar.

A oftalmologista lembra ainda que após a cirurgia algumas mudanças podem ser notadas na visão, como sensibilidade à luz, dificuldade para enxergar à noite e olho seco. “Por isso, é muito importante ter acompanhamento médico antes e depois da cirurgia.  É preciso obedecer às ordens médicas para ter uma recuperação completa”, conclui.