A visão é fundamental para o desenvolvimento das crianças, portanto qualquer problema que prejudique esse sentido deve ser diagnosticado e tratado precocemente. Uma das condições que atingem o sistema visual infantil é a ptose palpebral congênita, ou seja, àquela presente ao nascimento ou diagnosticada no primeiro ano de vida. A ptose congênita é responsável por 50% de todo os casos de ptose palpebral.
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a ptose, também chamada de blefaroptose, acontece quando há uma disfunção isolada ou conjunta dos músculos responsáveis pela elevação da pálpebra. Como resultado, há queda da margem palpebral que fica em uma posição mais baixa do que o normal, impactando na acuidade visual e na estética facial.
Causas
A ptose congênita pode ser unilateral ou bilateral. Pode ainda ocorrer de forma isolada ou associada a alguma outra condição. “Ainda há muitas discussões em andamento sobre a origem da ptose palpebral congênita. Entretanto, uma das causas mais comuns é a distrofia do Músculo Elevador da Pálpebra Superior (MEPS). Outra condição comum em que há ptose palpebral é a blefarofimose, uma deformidade congênita que se caracteriza pela diminuição da fenda palpebral e pela tríade clássica, constituída de epicanto, telecanto e ptose palpebral. Outras causas estão ligadas a defeitos neurogênicos, como síndrome de Horner congênita e fenômeno de Marcos Gunn”, diz a médica.
Importância do diagnóstico e tratamento precoces
“Quando a criança nasce com ptose palpebral, pode ocorrer falta de estimulação das vias visuais, particularmente do córtex visual, devido à obstrução mecânica da pálpebra. Isso afeta a maturação do córtex visual no cérebro, o que leva a uma condição chamada de ambliopia. Crianças com ptose palpebral apresentam maior incidência de ambliopia (14 a 23%), assim como maior risco de desenvolver miopia, astigmatismo, anisometropia (diferença de grau entre os olhos), torcicolo e estrabismo”, explica Dra. Tatiana.
Sendo assim, é importante que a criança seja acompanhada desde cedo por um oftalmologista nos casos de ptose, pois graças à neuroplasticidade é possível corrigir a perda visual e reorganizar o córtex visual, permitindo um bom desenvolvimento visual.
Diagnóstico e tratamento
“O único tratamento para a ptose palpebral congênita é a cirurgia para corrigir a queda da pálpebra. Se não houver urgência, ela pode ser feita até por volta dos quatro anos de idade, já que nessa fase as medições necessárias são mais apuradas. Entretanto, em casos que há ambliopia presente, a recomendação da cirurgia é mais precoce”, explica a médica.
“Muitas pessoas podem pensar, erroneamente, que se trata apenas de uma questão estética. Entretanto, a ptose palpebral congênita é uma condição que pode afetar a visão, levando à perda da acuidade visual, assim como impacta na autoestima da criança e, futuramente, nos relacionamentos profissionais e pessoais”, conclui Dra. Tatiana.
Muito obrigado pela explicação meu filho tem é muito difícil a gente achar explicações sobre ptose. E realmente já passei meu filho em varios oftalmos e falam que é so um problema estético e os convênios não querem cubrir, achando que é uma cirurgia desnecessária mais a gente que convive sabe as dificuldades que eles enfrentam.
Karen
Você mora em São Paulo? Se sim, pode procurar a Santa Casa, serviço de Plástica Ocular. Lá se for congênita eles operam sem custo. Procure se informar.
bjs
Boa tarde
Minha filha tem 5 anos, ela tem a síndrome de marcus gunn, hoje o Oftalmo que acompanha ela me informou que ela está com 50% de perda de visão! Estou desesperada!
Olá Natália
Sentimos muito por essa notícia.
abraço
Clínica Dra. Tatiana Nahas
Dra Tatiana, sou Fernanda, estudante de psicologia, tenho uma prima RN de 2 meses, acabamos de descobrir com o oftalmo que ela tem a síndrome de Marcus Gunn. Gostaríamos de saber se existe alguma cirurgia ou algum acompanhamento para minimizar esse probleminha. Não sei se ao passar dos anos isso pode agravar a visão da pequena. Ficaremos muito gratos com a sua resposta. Muito obrigada desde já
Olá Fernanda,
Caso a visão esteja preservada, é possível operar a partir dos 4 anos.
Obrigada
Eu tenho ptose congênita, e hj estou com 29 anos, devido a demora e tbm como em consultas qndo criança,diziam que era apenas estética não deram a devida importância no qual minha visão não desenvolveu sem contar com as sequelas psicológicas e baixa estima que tenho devido ao problema.Gostaria de saber como poderia fazer para realizar a correção estética já que a visão não será mais possível? Agradeço
Olá Mari, bom dia
A correção estética pode ser feita, em geral. Mas, somente durante a consulta é possível avaliar. Procure um médico especialista em cirurgia de pálpebras.
boa sorte
Obrigada
Descobri que meu filho de 4 meses tem a Síndrome de Marcus Gunn, gostaria de saber se com o desenvolvimento dele vai diminuindo os movimentos involuntários, qual seria o melhor tratamento e se pode deixar alguma sequela na visão dele ?
Olá Felipe, boa tarde
Iremos postar uma matéria sobre a síndrome de Marcus Gunn. Confira no nosso blog.
Abraço
Equipe Dra. Tatiana Nahas.
Dra Tatiane .tenho 29 anos tenho sindrome de marcus gun no olho esquerdo..no Caso fazendo a cirurgia a palpebra para de ficar se movimentando ,quando mastigo a palpebra se levanta varias vezes..Ja a pstose é leve..Desde já obrigada
Olá Tatiane, boa tarde
Iremos postar uma matéria sobre a síndrome de Marcus Gunn. Confira no nosso blog.
Abraço
Equipe Dra. Tatiana Nahas.
Meu filho de 7meses tem ptose palpebral no olho esquerdo,me preocupo com a demora no acompanhamento pelo SUS ,pois até agora ele ainda não passou com um oftalmologista para conversar o tratamento dele