O que é síndrome da frouxidão palpebral? Sintomas e Tratamento

O que é síndrome da frouxidão palpebral? Sintomas e Tratamento

A síndrome da frouxidão palpebral se caracteriza pela facilidade da pálpebra em se virar para fora (eversão) de forma espontânea. Normalmente, essa eversão da pálpebra ocorre durante o sono, deixando o globo ocular exposto ao longo da noite.

Para falar um pouco mais sobre a síndrome da frouxidão palpebral, também chamada pelo termo em inglês “floppy eye”, vamos entrevistar Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista geral e especialista em cirurgia plástica ocular e anexos palpebrais.

Síndrome da frouxidão palpebral – O que você precisa saber

Primeiramente, é importante esclarecer que um dos principais problemas da síndrome da frouxidão palpebral é que quando a pálpebra vira para fora, podem ocorrer alterações no filme lacrimal. Isso, por sua vez, resulta no ressecamento da superfície ocular que pode levar a condições mais graves.  

“Sendo assim, esse processo pode acarretar o desenvolvimento da conjuntivite papilar crônica, cujos principais sintomas são vermelhidão, irritação ocular crônica e secreção. Os sintomas costumam piorar pela manhã e são mais comuns no olho do lado do corpo em que a pessoa costuma dormir”, explica Dra. Tatiana.

Prevalência é alta, mas a doença ainda é desconhecida

Nos últimos anos, o interesse da comunidade cientifica pela síndrome da frouxidão palpebral aumentou. Isso porque alguns estudos apontaram que a doença tem uma prevalência relativamente alta, entre 3,8% e 15,8%. Por outro lado, ainda é uma patologia desconhecida pela população em geral.

“Para além do desconhecimento, como o principal sintoma é a irritação ocular crônica, pode passar despercebido durantes as consultas. Sendo assim, é bastante frequente que o paciente considere a síndrome como uma simples alergia ocular e não procure um oftalmologista”, comenta Dra. Tatiana.  

Desse modo, estudos apontaram que o tempo médio para diagnóstico é de 17 meses.

Conheça os fatores de risco da síndrome da frouxidão palpebral

Acima de tudo, é importante esclarecer que a síndrome da frouxidão palpebral pode acometer pessoas de todas as idades. Entretanto, é mais prevalente em homens e mulheres de meia idade.

Veja agora os principais fatores de risco:

  • Obesidade
  • Apneia do sono
  • Pressão alta
  • Diabetes
  • Doença cardíaca isquêmica
  • Patologias da pele e do colágeno
  • Anormalidades da córnea e das pálpebras
  • Glaucoma
  • Fricção constante dos olhos
  • Deitar-se constantemente pressionando as pálpebras

Síndrome da frouxidão palpebral pode lesionar a córnea

Umas das piores consequências da síndrome da frouxidão palpebral são as anormalidades da córnea. “A maioria dos pacientes, cerca de 70%, acabam desenvolvendo doenças como ceratite, que é uma inflamação grave na córnea, bem como ceratocone, outra condição que pode causar danos visuais” comenta Dra. Tatiana.

Tratamento da síndrome é cirúrgico

Na presença dos sintomas, especialmente do ressecamento ocular, é crucial procurar o oftalmologista. Geralmente, o tratamento definitivo é cirúrgico.

“A cirurgia visa ao encurtamento da pálpebra, sendo que normalmente associamos o procedimento à blefaroplastia. Para além disso, vale reforçar que se trata de uma cirurgia que demanda extremo conhecimento das estruturas e do funcionamento do sistema visual. Por esse motivo, o profissional mais indicado para realizar essa cirurgia é o cirurgião plástico ocular”, comenta Dra. Tatiana.

“Por outro lado, mesmo com a cirurgia, a eversão da pálpebra pode ocorrer novamente. Sendo assim, o paciente precisa adotar algumas medidas que possam reduzir o risco da recorrência. Entre esses cuidados estão a perda de peso, o tratamento da apneia do sono, bem como de outras doenças que aumentam o risco da síndrome da frouxidão palpebral”, acrescenta a oftalmologista.

 Adicionalmente, é importante que o paciente coloque uma proteção ocular durante a noite e use lubrificantes oculares.

“Após o diagnóstico, o paciente com a síndrome da frouxidão palpebral precisa fazer acompanhamento com um oftalmologista para o controle da doença, bem como para avaliar a presença das outras condições associadas, como o ceratocone, por exemplo”, conclui a especialista.

Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423

Matéria produzida pela jornalista pela Leda Maria Sangiorgio MTB 30.714 É expressamente proibida a cópia parcial ou total do material, sob pena da Lei de Direitos Autorais, número 10.695. 

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