A conjuntivite alérgica é caracterizada por uma coceira quase incontrolável nos olhos. Além disso, estão presentes sintomas como vermelhidão ocular, irritação, sensação de areia e sensibilidade à luz. Normalmente, a conjuntivite do tipo alérgica é mais prevalente nos meses do outono e inverno.
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista geral e especialista em cirurgia plástica ocular, no outono e no inverno estamos mais sujeitos ao contato com substâncias que podem causar alergias oculares.
“Nos meses mais frios há maior concentração de ácaros, poeira e outros agentes que aumentam o risco de uma conjuntivite alérgica. Outro fator de risco é que os quadros de rinite, asma e sinusite também são mais comuns no outono e inverno”.
Conjuntivite alérgica tem sintomas específicos
Frequentemente, as pessoas podem confundir os sintomas de uma conjuntivite alérgica com os da conjuntivite infecciosa.
“Algumas manifestações podem ser parecidas, mas a coceira é a principal maneira de diferenciar os tipos de conjuntivite. Na alérgica a coceira é muito intensa. Além disso, há pouca secreção que costuma ser mais esbranquiçada. Também é comum o inchaço nas pálpebras e o lacrimejamento”, comenta Dra. Tatiana.
Outra característica é que um episódio de conjuntivite alérgica pode durar semanas ou até meses. As pessoas atópicas, ou seja, àquelas que têm outros tipos de alergia são as mais afetadas pela alergia ocular. Mas qualquer pessoa pode desenvolver a condição.
Conjuntivite alérgica ou irritação nos olhos?
“A conjuntivite também pode ser desencadeada devido a uma hipersensibilidade a certas substâncias. Nesse caso é chamada de conjuntivite irritativa. Trata-se de uma resposta exagerada do organismo a produtos químicos como cloro de piscinas, produtos de beleza e até mesmo componentes ou produtos usados na higienização das lentes de contato”, explica a especialista.
Sem antibióticos
Um dos principais erros é tratar a conjuntivite alérgica com antibióticos. “Tanto a conjuntivite alérgica quanto a viral não devem ser tratadas com antibióticos, que são medicamentos exclusivos para combater bactérias. Além disso, jamais se deve usar colírios sem a prescrição de um oftalmologista”, alerta Dra. Tatiana.
O tratamento consiste em medicamentos para combater a alergia e a inflamação. As demais medidas envolvem identificar o que pode ter desencadeado a condição e evitar novo contato com esses agentes alérgenos. “Um bom exemplo são roupas que ficaram guardadas, cobertas, tapetes etc. Em relação à irritação é preciso notar se algum produto químico pode ter ligação com a alergia e suspender seu uso”, reforça a oftalmologista.
Para finalizar, a médica adverte: coçar os olhos é um péssimo hábito que pode trazer outros problemas como a ptose palpebral e até mesmo lesões na córnea. “Na persistência dos sintomas é preciso procurar o oftalmologista para o tratamento adequado”, encerra.
Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular.
O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.
Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423