Certamente você já ouviu falar da inflamação crônica nas pálpebras, popularmente chamada de “caspas” nos cílios. O nome médico dessa condição é blefarite que pode estar associada à meibomite ou vice-versa.
Hoje, um dos tratamentos mais efetivos para as duas condições é a luz intensa pulsada. Contudo, nem todas as pessoas sabem que a terapia com a luz pulsada depende, também, da extração manual do sebo produzido pelas glândulas de Meibômio, o chamado meibum.
Por isso, vamos explicar de forma detalhada tudo que você precisa saber sobre o tratamento da blefarite e da meibomite com a luz intensa pulsada.
Um pouco mais sobre a blefarite e a meibomite
Em cada uma das pálpebras estão localizadas várias glândulas de Meibômio. Essas estruturas produzem e secretam o meibum, uma substância lipídica, ou seja, gordurosa. A sua principal função é manter a qualidade do filme lacrimal na medida em que impede a sua evaporação.
Contudo, devido a alguns fatores que iremos abordar em seguida, essas glândulas ficam obstruídas e esse sebo começa a se acumular nas pálpebras. A partir disso, surgem os sintomas como:
- Coceira
- Vermelhidão ocular
- Pálpebras inchadas e vermelhas
- Sensibilidade à luz
- Perda de cílios
- Ardência no olho
- Formação de crostas nas margens das pálpebras, que lembram a caspa que ocorre no couro cabeludo
- Olhos grudados e com secreção acumulada pela manhã
O que causa a obstrução das glândulas de Meibômio?
Há diversos fatores de risco para o desenvolvimento da meibomite e da blefarite. Entre os principais estão:
- Menopausa
- Andropausa
- Reposição hormonal ou uso de suplementos percursores da testosterona
- Doenças como dermatite e rosácea
- Uso demasiado de maquiagem nas pálpebras sem a devida remoção
Cronicidade afeta qualidade de vida
Um dos aspectos mais relevantes da blefarite e da meibomite é que são doenças crônicas, ou seja, uma vez instaladas não tem cura, apenas controle.
Ambas afetam bastante a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, o tratamento clínico, com pomadas, colírios, compressas e higienização não são suficientes para impedir a remissão dos sintomas.
Dessa maneira, a introdução da luz intensa pulsada para tratar essas duas condições representou um verdadeiro avanço para quem sofre com elas.
Como a luz intensa pulsada trata a blefarite e a meibomite?
O funcionamento da luz intensa pulsada está ligado ao seu efeito térmico. A luz é revertida em energia térmica que “amolece” o sebo e desobstrui as glândulas de Meibômio.
Além desse efeito, o calor diminuí a inflamação e reduz o acúmulo de ácaros e bactérias nas pálpebras e cílios, algo muito comum em quem sofre com a meibomite e a blefarite.
Entretanto, o que poucas pessoas sabem, é que não basta aplicar a luz intensa pulsada. A aplicação visa ao amolecimento do sebo acumulado. Assim, o oftalmologista precisa extrair manualmente essa secreção, literalmente. Para melhor entendimento, podemos comparar ao processo usado para espremer uma espinha, por exemplo.
Vale ressaltar que, caso essa extração manual não seja feita após a aplicação da luz intensa pulsada, o resultado pode não ser efetivo. Assim, algumas pessoas podem continuar apresentando os sintomas mesmo após o tratamento.
Quem pode aplicar a luz intensa pulsada para meibomite e blefarite?
Outro esclarecimento importante é que há vários tipos de luz pulsada. Porém, àquela aplicada às doenças da superfície ocular é específica para esse fim.
Para além disso, somente um médico oftalmologista acostumado e treinado para usar o aparelho de luz pulsada pode realizar esse tratamento.
Quantas sessões são necessárias?
O lado positivo do tratamento da blefarite e da meibomite com a luz intensa pulsada é que são feitas 3 sessões, com intervalo de 15 dias entre cada uma. O controle das crises, com remissão dos sintomas, pode durar até 3 anos. Recomenda-se, contudo, uma sessão de manutenção anualmente.
Qual o valor da luz pulsada?
Os valores do tratamento com a luz pulsada podem variar. Todavia, somente o médico, durante a consulta, pode passar essas informações.
Olá Dra. Tatiana, tudo bem ?
Ótimo artigo sobre blefarite e seu respectivo tratamento com luz pulsada para diminuição dos processos inflamatórios das pálpebras.
Já passei por diversos oftalmologistas que tem suas linhas de ação tanto na limpeza local, uso de Cylocort, e até fiz uso de doxiciclina, sendo que não houve uma regressão significativa como eu esperava. Fato é que vou experimentar fazer o tratamento de luz com uma profissional da oftalmologia de Campinas em breve.
Obrigado por sua atenção.
Olá Ademir,
Que bom que nossa informação foi útil! Boa sorte no tratamento!
Buenos días doctora,
La luz pulsada se aplica sólo en la zona de las ojeras, por debajo del ojo, verdad? Qué ocurre con las glándulas del párpado superior que también están obstruidas?
Gracias
Buenos dias Eugenia
A luz pulsada se aplica en toda la zona del párpados. el paciente usa anteojos especiales para proteger los ojos. De esta manera, a luz pulsada alcanza las glándulas párpados e despues de la aplicacion es necessario hacer a extracción manual para alcanzar un bueno resultado.