A blefarite é a inflamação crônica nas pálpebras. Primeiramente, é importante dizer que a blefarite é um dos problemas oftalmológicos mais comuns.
Quais os sintomas?
Os sintomas são inchaço nas pálpebras, coceira, vermelhidão no globo ocular e nas pálpebras, sensibilidade à luz (fotofobia), ardência, perda de cílios e formação de crostas nas bordas das pálpebras, que pode literalmente “grudar” os olhos.
Frequentemente, Na maioria dos casos, os dois olhos são afetados e os sintomas tendem a ser piores pela manhã.
Por que se chama blefarite?
Blefarite vem do grego blepharon, pálpebras. A terminação “ite” designa a inflamação.
Quais as causas da doença?
As causas da blefarite podem variar. Mas, em geral, costuma estar associada a alterações nas glândulas de Meibômio, localizadas nas bordas das pálpebras e responsáveis por secretar substâncias lipídicas (gordurosas) contidas no filme lacrimal (lágrima).
Essas glândulas “entopem” devido ao processo inflamatório. Assim, a lubrificação dos olhos fica prejudicada e agrava a inflamação da superfície ocular.
Frequentemente, quem tem blefarite desenvolve também o olho seco.
O processo inflamatório envolvido na blefarite altera a secreção das glândulas de Meibômio, o que prejudica a lubrificação dos olhos, agravando a inflamação da superfície ocular. Com isso, surgem os sintomas.
Quais os fatores de risco?
A blefarite pode afetar qualquer pessoa. Entretanto, há alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença.
- Dermatite seborreica
- Rosácea
- Menopausa
- Idade (mais comum depois dos 40 anos)
- Olho seco
- Calázio
- Triquíase
- Entrópio e ectrópio
- Ceratite
A blefarite tem cura?
Não, a doença é crônica. Contudo, hoje em dia, a luz pulsada é um tratamento efetivo para controle das crises, por tempo prolongado.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico da blefarite deve ser feito por um oftalmologista, preferencialmente especialista em doenças das pálpebras.
Quais os tratamentos disponíveis?
Até pouco tempo, a blefarite era tratada com anti-inflamatórios, colírios para melhorar a secura ocular, antibióticos e higiene das pálpebras.
Entretanto, esses tratamentos não eram suficientes, na maioria dos casos, para evitar as crises recorrentes da doença.
Todavia, isso mudou. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), aprovou o uso da Luz Intensa Pulsada para o tratamento da blefarite.
O que é a Luz Intensa Pulsada?
Como o próprio nome diz, a Luz Intensa Pulsada é uma energia luminosa. Em outras palavras, é um aparelho que emite uma luz que se transforma em calor (energia térmica).
Esse calor ajuda a desobstruir as glândulas de Meibômio. Também reduz a inflamação da superfície ocular.
Por último, pessoas com blefarite costumam ter infestação de ácaros que se alimentam do sebo. A luz intensa pulsada também age na redução desses micro-organismos.
Como é o tratamento com a luz intensa pulsada?
A aplicação da luz intensa pulsada é um procedimento rápido e indolor. Entretanto, é feito com um aparelho específico para esse fim. Outro ponto é que só pode ser feito por um oftalmologista especialista nesse tratamento.
Ao todo, devem ser realizadas de 3 a 4 sessões, a cada 15 dias.
O resultado é o desaparecimento total dos sintomas em longo prazo. O prazo pode variar de pessoa para pessoa. Porém, em geral, pode ser maior que 1 ano.