O tratamento para o calázio pode ser clínico, medicamentoso, cirúrgico ou ainda por meio da Luz Intensa Pulsada (IPL). Mas, antes de falarmos sobre as opções terapêuticas para a condição, é importante entender melhor o calázio, suas causas, fatores de risco e sintomas.
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, o calázio é um nódulo que se forma na parte interna das pálpebras superiores, embora possa se instalar nas inferiores. O calázio se desenvolve quando as glândulas sebáceas das pálpebras (glândulas de Meibômio) ficam obstruídas.
“As glândulas meibomianas produzem uma secreção oleosa, chamada meibum. Esse sebo faz parte do filme lacrimal, juntamente com as camadas mucosos e aquosas. A lágrima tem várias funções na superfície ocular. O meibum é essencial para evitar a evaporação do filme lacrimal e para manter a superfície ocular nutrida e lubrificada”, comenta.
“Contudo, algumas pessoas podem desenvolver problemas nas glândulas de Meibômio que desencadeiam um processo inflamatório. Podem ocorrer alterações na quantidade e na qualidade do meibum, causando ainda a obstrução dos ductos que secretam o sebo. Como resultado, alguns pacientes podem desenvolver um calázio”, explica Dra. Tatiana.
Sinais e sintomas do calázio
O primeiro indício de um calázio é o desenvolvimento de uma bolinha na parte de dentro da pálpebra. Em geral, o nódulo não dói, mas pode incomodar. Os sintomas são típicos de um processo inflamatório, como vermelhidão, inchaço e calor no local. Algumas pessoas podem sentir os olhos mais irritados, embaçados e apresentar lacrimejamento.
O calázio é mais comum entre os 30 e 50 anos. Entre os principais fatores de risco podemos citar:
- Rosácea
- Blefarite
- Meibomite
- Olho seco
- Dermatite seborreica
- Colesterol alto
- Doenças autoimunes em geral
- Estresse
- Presença de um terçol
- Ter passado por cirurgia na região palpebral
Como é feito o diagnóstico de um calázio?
Uma das situações mais comuns é confundir o calázio com o terçol. Por esse motivo, é sempre importante consultar um oftalmologista.
Tratamento para o calázio – Clínico
O tratamento para o calázio vai depender de vários fatores. “Primordialmente, é importante lembrar que na maioria dos casos, o calázio se resolve de forma espontânea, ou seja, não há necessidade de realizar nenhum tipo de tratamento. Nestes casos, a única recomendação é fazer compressas mornas para amolecer a secreção retida no nódulo”, aponta Dra. Tatiana.
No tratamento clínico, o oftalmologista pode prescrever colírios para melhorar a irritação e a secura ocular, além de medicamentos para dor, caso o paciente apresente este sintoma.
Tratamento para o calázio – Remoção cirúrgica
Quando o calázio não se resolve de forma espontânea, o oftalmologista pode recomendar a remoção ou a drenagem. “A cirurgia de calázio é relativamente simples, realizada com sedação leve e anestesia local, em centro cirúrgico. A incisão é feita por dentro da pálpebra e por isso não deixa cicatriz. O paciente vai para casa no mesmo dia e a recuperação é relativamente rápida”, explica Dra. Tatiana.
Tratamento para o calázio – Luz Intensa Pulsada
Um dos problemas do calázio é que há pacientes que desenvolvem vários calázios. Ou seja, o calázio de repetição. Nestes casos, a origem pode ser uma disfunção nas glândulas meibomianas. Nenhum tratamento clínico ou medicamentoso é efetivo para reduzir as crises recorrentes do calázio.
A boa notícia é que hoje existe um tratamento que age diretamente na origem do calázio de repetição, ou seja, no processo inflamatório crônico das glândulas meibomianas. Trata-se da luz intensa pulsada (IPL).
“A IPL reduz os fatores inflamatórios, amolece as secreções endurecidas nos ductos das glândulas sebáceas, bem como elimina ácaros e bactérias, que em muitos casos podem piorar o quadro. A luz pulsada restabelece o funcionamento das glândulas meibomianas, o que normaliza a qualidade e a quantidade do filme lacrimal. O resultado é a remissão dos sintomas e a redução importante das crises de calázio”, complementa Dra. Tatiana.
Calázio pode virar câncer?
A maioria dos casos de calázio é benigna. Contudo, quando a pessoa apresenta crises recorrentes, é importante descartar a presença de células neoplásicas. Ou seja, é importante investigar se o calázio é, na verdade, um carcinoma sebáceo.
“A principal diferença é que o calázio costuma se resolver espontaneamente ou por meio da remoção cirúrgica. O que deve chamar a atenção são as lesões recorrentes e que não desaparecem sozinhas”, finaliza Dra. Tatiana.
Conclusão sobre o Tratamento do Calázio
Como você viu, há diversas opções de tratamento para o calázio. Para o calázio de repetição, o tratamento mais efetivo é a luz intensa pulsada. Em alguns casos, pode ser preciso remover o calázio em uma cirurgia ou ainda realizar exames para descartar a presença de um carcinoma sebáceo.
Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular e Oftalmologia em Geral. A médica diagnostica e trata a meibomite com luz pulsada.
O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.
Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423