A região ocular é a área estética central do nosso rosto. Um olhar é capaz de transmitir sentimentos e aspectos da nossa personalidade. Entretanto, o envelhecimento natural, que começa a partir dos 35 anos de idade, provoca uma série de mudanças na região dos olhos, principalmente na chamada área orbitopalpebral, ou seja, nas pálpebras inferiores e superiores e ao redor da órbita ocular, que são facilmente percebidas.
Na juventude essa região tem uma aparência saudável e de vitalidade. Mas, com a perda do colágeno e da elasticidade da pele, as pálpebras tornam-se flácidas, caídas e inchadas, por causa das bolsas de gordura. Esses fatores alteram a expressão e a harmonia da face, podendo levar a um aspecto de cansaço, envelhecimento e até mesmo de tristeza. Em alguns casos, há diminuição do campo de visão. Além do envelhecimento, outras condições podem afetar as pálpebras, como alterações congênitas e traumas.
Atualmente, a Blefaroplastia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados pelo Oftalmologista especializado em Cirurgia Periocular, uma vez que este profissional tem profundo conhecimento da dinâmica palpebral e das necessidades de proteção do olho. Para fins estéticos, esta cirurgia é usada para retirar o excesso de pele, assim como bolsas de gordura sem cortes ou cicatrizes.
Veja agora as principais dúvidas sobre a blefaroplastia
1.Qual anestesia é usada?
A anestesia mais usada é a local. Caso haja necessidade, pode ser feita uma sedação leve. Raramente há necessidade de anestesia geral.
2. Quanto tempo a pessoa fica internada?
Em geral, a internação é de 12 horas, ou seja, o procedimento é realizado e a pessoa pode ir para casa no mesmo dia. Caso seja usada anestesia geral, a internação pode durar mais tempo, de acordo com a orientação do médico.
3.Os olhos ficam inchados e/ou com hematomas depois da cirurgia?
Cada pessoa responde de uma maneira a um procedimento cirúrgico. O inchaço (edema) é comum nos três primeiros dias após a blefaroplastia. Também é comum o extravasamento de sangue (equimose). Porém, ambas são consequências esperadas, com boa evolução dos sintomas nas duas semanas seguintes à cirurgia.
4.Em quanto tempo é possível ver os resultados?
O resultado final depende da melhora do inchaço e da equimose, portanto este prazo pode variar de paciente para paciente. Mas, em média, depois de oito dias já é possível avaliar a aparência e após de seis meses, o resultado definitivo.
5.Em quanto tempo a pessoa pode voltar às atividades?
É recomendado um repouso de sete dias. Após esse período, é possível voltar às atividades rotineiras, como trabalho, estudos, com algumas recomendações importantes. Uma delas é que é preciso usar protetor solar na região dos olhos e evitar banho de sol até 90 dias após a cirurgia.
6.Quais as técnicas utilizadas hoje na blefaroplastia?
Hoje, a técnica mais usada é a transconjuntival. Ela não produz cicatrizes visíveis e possibilita retirar as bolsas de gordura da órbita sem agredir a pele, a musculatura orbicular e o septo orbital. A incisão (corte) é feito por dentro da pálpebra. Em geral, a transconjuntival é indicada para pessoas com a pele mais espessa e elástica. Já a transcutânea é feita por meio de cortes nas pálpebras, porém em regiões menos específicas a fim de deixar a cicatriz menos aparente.
7.Quais os cuidados pós-operatórios?
O médico irá recomendar alguns cuidados de acordo com o perfil do paciente. Mas, em geral, é indicado fazer compressas de gelo, repousar, evitar expor-se ao sol, usar maquiagem, lentes de contato e ler durante alguns dias após a cirurgia.