O que causa a blefarite? Quais os sintomas e como é o tratamento?

O que causa a blefarite? Quais os sintomas e como é o tratamento?

O que causa a blefarite é uma dúvida comum quando o paciente chega ao consultório de um oftalmologista. Em primeiro lugar é importante explicar o que é a blefarite, antes de falarmos mais sobre o que causa a doença.

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em plástica ocular, a blefarite é uma inflamação crônica que atinge as margens palpebrais. “Esta condição ocorre devido a alterações nas glândulas sebáceas que se localizam nas pálpebras. A principal função destas glândulas é a produção e secreção da parte gordurosa que compõe o filme lacrimal”.

“As alterações nas glândulas meibomianas causam obstrução nos ductos que secretam o meibum. A partir disto, a pessoa pode desenvolver a blefarite, que quase sempre está ligada à meibomite e ao olho seco”, explica Dra. Tatiana.

Quais os sintomas da blefarite?

Popularmente, a blefarite é conhecida como a doença que causa “caspas nos cílios”. Entretanto, o acúmulo de secreção nas margens palpebrais e nos cílios é apenas um dos sintomas. As outras manifestações são:

  • Coceira
  • Vermelhidão ocular
  • Pálpebras inchadas e vermelhas
  • Sensibilidade à luz
  • Perda de cílios
  • Ardência no olho
  • Formação de crostas nas margens das pálpebras, que lembram a caspa que ocorre no couro cabeludo
  • Olhos grudados e com secreção acumulada pela manhã

Afinal, o que causa a blefarite?

Agora que você entendeu o que é a blefarite, vamos falar um pouco mais sobre o que causa esta inflamação crônica nas pálpebras. Confira abaixo as principais causas.

Rosácea

A rosácea é uma inflamação crônica na pele, cujas principais manifestações são vermelhidão, espinhas e vasos sanguíneos visíveis na zona central do rosto.  Embora seja uma doença dermatológica, 20% dos pacientes também apresentam sintomas oculares como a blefarite.

“Há dois fatores que explicam a relação da rosácea com a blefarite. O primeiro é que se trata de uma doença que aumenta a inflamação no organismo, portanto pode agravar qualquer outra inflamação no corpo, incluindo a blefarite. Outro problema é que estes pacientes costumam apresentar uma infestação de ácaros Demodex na região das pálpebras e cílios, o que também agrava a blefarite”, comenta Dra. Tatiana.

Dermatite seborreica

A dermatite seborreica se caracteriza pela produção de sebo em excesso pelas glândulas sebáceas. Esta produção acima do normal também ocorre nas glândulas palpebrais, levando à blefarite.

Infestação de ácaros Demodex

Os ácaros Demodex são micro-organismos que fazem parte da flora da pele, principalmente na região facial. Eles se alimentam do sebo e das células de descamação da pele. Quando eles morrem, liberam substâncias que podem agravar a blefarite. Em outros casos, a infestação de ácaros Demodex pode ser a causa principal da inflamação crônica nas pálpebras.

Uso de testosterona e precursores

O uso indiscriminado da testosterona, ou seja, sem recomendação médica e em excesso, pode agravar a blefarite. O “chip da beleza” é hoje um importante fator de risco para a blefarite, entre outros problemas de saúde.

“A explicação é que a testosterona aumenta a produção de substâncias lipídicas (gordura) pelas glândulas sebáceas em geral, incluindo àquelas se que localizam nas pálpebras. Além do aumento na produção, o sebo é mais grosso e acaba obstruindo os ductos, levando aos sintomas da blefarite ou ainda agravando o quadro de quem já tem a doença”, aponta Dra. Tatiana.

Menopausa

A blefarite é muito comum na menopausa. Isto porque as alterações hormonais que ocorrem nesta fase da vida da mulher alteram o funcionamento das glândulas sebáceas. Além disto, a terapia de reposição hormonal e o uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos também podem causar problemas na produção e secreção do sebo.

Blefarite afeta a qualidade de vida

Como a blefarite é uma doença crônica, acaba afetando a qualidade de vida. Infelizmente, o tratamento clínico como medicamentos e pomadas, por exemplo, não é suficiente nem eficaz para controlar os sintomas em longo prazo.

A boa notícia é que hoje já existe um tratamento eficaz, com resultados duradouros para blefarite. Trata-se da luz intensa pulsada.

 Luz pulsada trata a blefarite

‘A luz intensa pulsada é uma energia térmica que amolece as secreções acumuladas nas glândulas de Meibômio. O calor também reduz a inflamação, bem como elimina a proliferação dos ácaros Demodex. Todos estes efeitos da luz pulsada levam à remissão dos sintomas”, conta Dra. Tatiana.

“Outra vantagem do tratamento da blefarite com a luz intensa pulsada é que bastam 3 sessões, com intervalo de 15 dias entre cada uma, para o controle da blefarite em longo prazo. Recomenda-se, entretanto, uma sessão anual para manutenção do tratamento”, finaliza a especialista.

Como você viu, o que causa a blefarite pode ter ligação com inúmeros fatores. O mais importante é procurar um oftalmologista na presença dos sinais e sintomas.

A Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo e realiza o tratamento do terçol com luz pulsada.

Dra. Tatiana Nahas

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423

 

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