Pálpebra caída: excesso de pele ou ptose palpebral?

Pálpebra caída: excesso de pele ou ptose palpebral?

A pálpebra caída é consequência do excesso de pele ou da ptose palpebral? A queda das pálpebras pode ocorrer pelos dois motivos, que podem aparecer juntos ou de forma isolada. Mas saber diferenciar estas duas condições é muito importante na hora de planejar o tratamento.

Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, a ptose palpebral ocorre quando a pálpebra superior cai, ficando abaixo do nível normal ou esperado. “Já a dermatocaláze é uma condição que leva ao aumento excessivo de pele nas pálpebras. Em alguns casos, a sobra de pele pode dificultar o movimento de abrir os olhos, pois o peso reduz a força do músculo levantador das pálpebras”.

“A ptose palpebral tem origem mecânica. Em outras palavras, a queda da pálpebra ocorre devido a problemas neuromusculares. Por outro lado, o excesso de pele é um problema estrutural, pois é a sobra da pele que atrapalha o movimento de abrir os olhos”, reforça a médica.

Pálpebra caída: por que isto acontece?

A ptose senil ou aponeurótica é muito comum a partir dos 60 anos. Ela ocorre quando há uma abertura, alongamento ou desinserção da aponeurose do músculo levantador da pálpebra. “De forma simplificada, a aponeurose é um tecido semelhante a um tendão que liga os músculos entre si e aos ossos. Este tecido pode sofrer danos ligados ao próprio envelhecimento e se soltar, levando à queda da pálpebra”, comenta Dra. Tatiana.

Envelhecimento afeta elasticidade da pele

O excesso de pele nas pálpebras é resultado do envelhecimento, que causa flacidez da pele e enfraquecimento dos músculos e tecidos. “Alguns fatores podem acelerar este processo como a genética, fumar, tomar sol sem proteção e tomar pouca água. Desta maneira, a dermatocaláze pode aparecer de forma mais precoce em pessoas com mais fatores de risco, por exemplo”, diz a especialista.

Em contrapartida, Dra. Tatiana acrescenta que há casos de pacientes que apresentam as duas condições ao mesmo tempo. “Embora não seja tão frequente, há pessoas que desenvolvem a ptose e o excesso de pele de forma conjunta. Daí a importância de consultar um oculoplasta, que é o oftalmologista especialista em plástica ocular”, reforça.

Tratamento cirúrgico: Como funciona  

A blefaroplastia é a cirurgia plástica que remove o excesso de pele das pálpebras superiores e inferiores e só trata a dermatocaláze. A correção da ptose senil é feita por outras técnicas cirúrgicas, como a conjuntivo-müllerectomia.

Vale ressaltar que nem sempre há indicação para correção cirúrgica da ptose. A cirurgia é recomendada para as quedas muito acentuadas e/ou para ptoses que afetam a acuidade visual. As alterações mais discretas ou ainda que não causam problemas na visão são acompanhadas clinicamente.

Cuide-se

O envelhecimento é inevitável, mas se cuidar é imprescindível. Portanto, a adoção de hábitos saudáveis pode retardar o aparecimento da dermatocaláze. Em relação à ptose senil é importante saber que alguns hábitos ao longo da vida podem aumentar o risco de desenvolver a condição tais como uso prolongado de lentes de contato e fricção constante dos olhos.

“De qualquer modo, é fundamental procurar um oftalmologista especialista em doenças das pálpebras para uma avaliação minuciosa. Somente esse profissional está apto para diagnosticar e tratar, seja a ptose ou excesso de pele nas pálpebras”, finaliza Dra. Tatiana.

Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular.

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423

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