O olho seco e a vermelhidão ocular são sintomas muito comuns no dia a dia. Primeiramente, é importante dizer que essas manifestações não representam, necessariamente, a presença de alguma doença oftalmológica. Entretanto, são sintomas bastante incômodos e, em alguns casos, podem sim ter ligação com alguma patologia nos olhos.
Para falar um pouco mais sobre olho seco, vermelhidão ocular e como aliviar esses sintomas, vamos entrevistar a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, especialista em cirurgia plástica ocular e anexos palpebrais.
Olho seco e vermelhidão ocular – O que você precisa saber
Existem inúmeras razões que podem levar a sintomas como o olho seco e a vermelhidão ocular. “Inicialmente, é importante esclarecer que o olho seco ou a sensação de secura ocular é diferente da síndrome do olho seco, também chamada de ceratoconjuntivite seca. Por outro lado, a presença persistente desses sintomas pode indicar que o paciente desenvolveu a doença”, explica Dra. Tatiana.
Causas do olho seco e da vermelhidão ocular
Condições climáticas
O clima pode causar diversos efeitos negativos na saúde ocular. Algumas condições como baixa umidade no ar, calor e clima muito seco levam ao ressecamento da superfície dos olhos, gerando a sensação de olho seco.
“Adicionalmente, essas mesmas condições climáticas podem causar irritação nos olhos, principalmente em cidades com maior taxa de poluentes no ar, ocasionando a vermelhidão ocular. A baixa umidade no ar mantém as partículas de pó, poluição e demais detritos suspensos no ar, o que pode irritar a superfície ocular, levando à vermelhidão nos olhos”, comenta Dra. Tatiana.
Para além do olho seco e da vermelhidão ocular, em dias mais secos o olho pode coçar, arder, bem como o paciente pode ter a sensação de ter areia nos olhos, ficar mais sensível à luz e lacrimejar.
“A lágrima, chamada de filme lacrimal, protege a superfície ocular contra diversos agentes, como poluição, alérgenos e partículas em geral. Quando há um ressecamento importante na região, há uma maior risco de desenvolver conjuntivite alérgica ou irritativa, por exemplo”, adiciona a oftalmologista.
Como saber se desenvolvi a síndrome do olho seco?
Apesar do clima ter bastante influência no surgimento do olho seco e da vermelhidão ocular, quando esses sintomas são persistentes e ocorrem, mesmo em condições climáticas normais, é preciso procurar um oftalmologista. Isso porque essas manifestações são compatíveis com a síndrome do olho seco.
“Trata-se de uma doença multifatorial, ou seja, causada por diversos fatores que levam a alterações importantes no filme lacrimal. O olho seco tem relação, na maioria dos casos, com disfunções nas glândulas meibomianas, que produzem a parte gordurosa do filme lacrimal. Normalmente, quem desenvolve o olho seco também desenvolve a blefarite, inflamação crônica nas margens palpebrais”, aponta Dra. Tatiana.
Segundo estudos, o olho seco atinge de 5% a 34% das pessoas. Depois dos 50 anos de idade, a prevalência é ainda maior, especialmente nas mulheres.
Recomendações para amenizar os sintomas de olho seco e vermelhidão ocular
Em dias quentes e secos, há alguns cuidados importantes para prevenir ou aliviar o olho seco e a vermelhidão ocular. “Acima de tudo, esses cuidados são cruciais para que já desenvolver a ceratoconjuntivite secam, embora também beneficiem quem não possui esse diagnóstico”, finaliza Dra. Tatiana.
Agora, confira algumas dicas:
- Use umidificadores de ar quando a umidade relativa do ar estiver abaixo de 50%;
- Faça compressas frias nos olhos com água filtrada;
- Use colírios de lágrimas artificiais e lubrificantes, receitados pelo oftalmologista;
- Evite ambientes com ar-condicionado (quente ou frio) ou ventiladores. Nos dois casos, o ressecamento e demais sintomas oculares podem piorar;
- Evite caminhar nas ruas, principalmente nos horários em que há mais carros circulando e quando a umidade do ar estiver baixa;
- Mantenha-se hidratado.
A Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em doenças das pálpebras. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo e realiza o tratamento do terçol com luz pulsada.
O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.
Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423
Matéria produzida pela jornalista pela Leda Maria Sangiorgio MTB 30.714 É expressamente proibida a cópia parcial ou total do material, sob pena da Lei de Direitos Autorais, número 10.695.