A blefarite tem tratamento e ele pode ser feito com a Luz Intensa Pulsada (IPL). Muitas pessoas têm essa inflamação crônica nas pálpebras, mas desconhece que a blefarite tem tratamento. Inclusive, a IPL não só reduz os sintomas, como leva à remissão das manifestações por tempo prolongado.
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista geral e especialista em cirurgia periocular, a blefarite é uma inflamação crônica que atinge as margens das pálpebras. “Normalmente, a condição é causada por uma alteração nas glândulas de Meibômio, que produzem a parte oleosa do filme lacrimal, chamada de meibum. Este sebo é crucial para manter a superfície ocular saudável. O meibum evita a evaporação da lágrima, bem como nutre e protege os olhos”.
“Normalmente, a blefarite é uma consequência da disfunção das glândulas meibomianas. Trata-se de um processo em que há uma cascata inflamatória, mediada por citocinas pró-inflamatórias. Esse processo leva a alterações na produção e na secreção do meibum, que pode desencadear a blefarite”, explica a médica.
Mulheres são principais vítimas da blefarite
A prevalência da blefarite é bem variada. Estudos apontam que a doença afeta de 37 a 50% da população adulta, sendo que a maioria dos casos ocorrem em mulheres com mais de 50 anos.
Sinais e sintomas da blefarite
A blefarite é, popularmente, chamada de “caspas nos cílios”. Isto porque o sinal mais característico da doença é a formação de crostas nos cílios. Quando a secreção seca, lembra, realmente, a aparência das caspas no couro cabeludo. A pessoa com blefarite costuma acordar com os olhos grudados e com essas crostas nos cílios”, aponta Dra. Tatiana.
Além deste sinal bem característico da blefarite, a doença também causa inchaço e vermelhidão nas bordas palpebrais, sensação de corpo estranho nos olhos, coceira e irritação nos olhos. Podem ocorrer ainda perda de cílios e sensibilidade à luz.
Diagnóstico é importante, mas blefarite tem tratamento
O diagnóstico da blefarite é feito por um médico oftalmologista. Normalmente, os exames realizados no consultório são capazes de detectar a doença. Atualmente, existem testes mais apurados, que podem avaliar vários aspectos da superfície ocular, bem como a qualidade do filme lacrimal.
O mais importante é saber que a blefarite tem tratamento e que tratar é fundamental para melhorar a qualidade de vida de quem convive com essa doença.
Blefarite tem tratamento – Conheça as opções
Um dos pontos mais importantes a respeito da blefarite é que não adianta tratar apenas os sintomas. “Até pouco tempo atrás, o tratamento da blefarite consistia no uso de colírios, medicamentos anti-inflamatórios e na limpeza diária das pálpebras. Contudo, esses recursos terapêuticos não eram suficientes, já que aliviavam apenas os sintomas, sem tratar a origem da blefarite, que é a disfunção das glândulas meibomianas”, ressalta Dra. Tatiana.
O tratamento da blefarite com a Luz Intensa Pulsada foi um divisor de águas na área da oftalmologia. “A IPL na área oftalmológica é relativamente recente e foi introduzida, inicialmente, para tratar o olho seco. Contudo, os estudos e as evidências apontaram que a luz pulsada também melhora a blefarite, assim como a meibomite, terçol e calázio. A razão é que todas essas condições estão associadas à disfunção das glândulas meibomianas”, adiciona a especialista.
Em outras palavras, a IPL age diretamente na inflamação crônica das glândulas meibomianas. A tecnologia reduz os fatores inflamatórios, bem como amolece as secreções acumuladas e, por fim, elimina a proliferação de micro-organismos, como ácaros e bactérias, que também agravam a inflamação. Vale ressaltar que, a IPL leva à remissão dos sintomas em longo prazo.
Como a Luz Intensa Pulsada funciona
Agora que você já sabe que a blefarite tem tratamento, vamos falar um pouco mais de como ele feito com a luz intensa pulsada.
A IPL para a blefarite deve ser aplicada por um médico oftalmologista. Esse profissional precisa ter experiência e treinamento no aparelho.
O paciente não sente dor, não fica internado e retoma suas atividades em seguida à sessão. Ao todo, são realizadas 3 sessões de luz pulsada, com intervalo de 15 dias entre cada uma. O resultado, ou seja, o controle das crises e a melhora dos sintomas pode durar até 3 anos. Entretanto, é recomendado realizar 1 sessão anual de manutenção.
Quais são os efeitos da luz pulsada nos olhos?
Como o próprio nome diz, a luz pulsada é, na verdade, uma energia luminosa. No momento da aplicação, a luz se reverte em calor (energia térmica).
O calor reduz a inflamação, pois tem um efeito direto no sistema vascular envolvido na blefarite. De uma forma mais simples, podemos dizer que o calor cauteriza e coagula os capilares, que são vasos sanguíneos bastante finos por onde as citocinas pró-inflamatórias circulam.
Outro efeito essencial da luz pulsada, como já citamos acima, é a redução de ácaros e bactérias que pioram o quadro inflamatório.
Por fim, esse efeito térmico da luz pulsada amolece o sebo acumulado. Após a aplicação, o oftalmologista faz a expressão (remoção) das secreções, para desobstruir os ductos das glândulas de Meibômio. Com a desobstrução, o sebo volta a ser secretado e melhora o filme lacrimal.
Blefarite tem tratamento – Valor do investimento
Os valores do tratamento com a luz pulsada podem variar. De qualquer maneira, apenas o médico, durante a consulta, pode passar essas informações.
Onde encontrar esse tratamento para blefarite?
Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular e Oftalmologia em Geral. A médica diagnostica e trata a blefarite com luz pulsada.
O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.
Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423