O carcinoma sebáceo é um tumor maligno que pode se desenvolver nas pálpebras superiores e inferiores. Apesar de ser considerado raro, é o terceiro câncer palpebral mais comum. Infelizmente, é um tumor agressivo que pode se espalhar para outras partes do corpo, entre 8 e 14% dos casos. A taxa de mortalidade é de 10 a 30%.
Segundo um estudo publicado no periódico International Opthalmology , a incidência global de carcinoma sebáceo está aumentando. Hoje, é o terceiro tumor de pálpebra mais comum. O prognóstico depende, principalmente, do diagnóstico e do tratamento precoces.
Parece um calázio, mas não é!
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular e anexos oculares, as características do carcinoma sebáceo podem atrasar o diagnóstico. “A lesão costuma se parecer com um calázio ou um terçol. Como são doenças oftalmológicas muito comuns, o paciente pode não dar a devida importância. O diagnóstico acaba sendo mais demorado”.
Idade é o principal fator de risco
O carcinoma sebáceo é mais prevalente em pessoas com mais de 60 anos. Além da idade, estudos apontaram que é um tumor é mais comum em populações asiáticas do que caucasianas. Outro importante fator de risco é a radioterapia prévia, para tratamento de outros tumores na região periocular.
Outros fatores de risco são:
- Síndrome de Muir-Torre
- Imunossupressão
- Histórico de retinoblastoma
- Vírus HPV e o HIV
Bolinha na pálpebra é o primeiro sinal
O primeiro sinal do carcinoma sebáceo é o surgimento de um nódulo que se desenvolve na pálpebra. Em quase 50% dos casos, a lesão ocorre na pálpebra superior. A explicação é que nas pálpebras de cima há um maior número de glândulas sebáceas, chamadas de glândulas de Meibômio.
“Em geral, o nódulo não dói. Na fase inicial, é muito parecido com um calázio ou terçol. Pode ser avermelhado, mas costuma ser mais amarelado devido à presença das células de gordura. Com o passar do tempo, o nódulo aumenta de tamanho e pode causar outros sintomas. A pele da pálpebra fica mais grossa, pode ocorrer perda de cílios e descoloração da pele”, explica Dra. Tatiana.
Ao longo do tempo, a pessoa pode desenvolver uma inflamação crônica nas pálpebras, chamada de blefarite. Dependendo do tamanho do nódulo, a visão pode ficar distorcida.
Cirurgia é a base do tratamento
A base do tratamento do carcinoma sebáceo ocular é a ressecção cirúrgica, seguida de reconstrução palpebral. “Ao remover o tumor também são retirados tecidos ao redor da lesão. Por este motivo, é necessário fazer também uma cirurgia plástica corretiva”, comenta Dra. Tatiana.
Outra necessidade é realizar exames para verificar se o tumor gerou metástases em outros lugares do corpo. Por fim, o paciente é acompanhado devido à possibilidade de recidiva que pode acontecer dentro de 5 anos após o primeiro episódio.
“O prognóstico sempre depende da precocidade do diagnóstico e do tratamento. Pessoas que apresentam episódios recorrentes de calázio e terçol devem procurar um especialista em anexos oculares para uma avaliação minuciosa. A principal maneira de descartar ou confirmar a presença de uma carcinoma sebáceo é a realização de biópsia”, finaliza a médica.
A Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em doenças das pálpebras. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo e realiza o tratamento do terçol com luz pulsada.
Dra. Tatiana Nahas
O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.
Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423