As causas da meibomite são variadas. Entretanto, os sintomas são os mesmos, independente do fator que desencadeou a doença.
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, a idade é uma das causas da meibomite. “A medida em que envelhecemos, há redução na quantidade das glândulas meibomianas. Estas estruturas são responsáveis por produzir e secretar o meibum, uma substância gordurosa que compõe o filme lacrimal. A principal função do meibum é nutrir a superfície ocular e evitar a evaporação da lágrima”.
Causas da Meibomite são variadas
Apesar da idade ser importante no desenvolvimento da meibomite, há inúmeros fatores que contribuem para o surgimento da condição, como:
- Etnia: os asiáticos têm cerca de 3 vezes mais chance de ter alterações nas glândulas de Meibômio do que os europeus
- Usar lentes de contato
- Ter colesterol e triglicerídeos altos
- Conjuntivite alérgica e outras doenças oculares
- Córnea ou pálpebra inflamada ou danificada
- Infecção bacteriana
- Doenças autoimunes como rosácea, lúpus, artrite reumatoide e síndrome de Sjögren
- Menopausa e uso de terapia de reposição de estrogênio
- Fazer uso de retinoides, medicamentos para acne e cremes antienvelhecimento
Sinais e sintomas da Meibomite
Todos estes fatores causam alterações nas glândulas meibomianas, que podem impactar na quantidade ou na qualidade do meibum. O filme lacrimal fica prejudicado e surgem os sintomas.
“Pela manhã, o paciente apresenta secreção em excesso e os olhos costumam estar grudados. A lágrima tem uma aparência mais espumosa e pode ocorrer lacrimejamento constante. Outros sintomas são coceira, ardência, irritação e secura. Por fim, as pálpebras costumam inchar e ficar vermelhas, sinais típicos de inflamação”, explica Dra. Tatiana.
Causas da meibomite são semelhantes às do olho seco e blefarite
“A disfunção das glândulas meibomianas é a causa mais comum da síndrome do olho seco. A meibomite também pode levar à blefarite, inflamação crônica nas pálpebras. Estas três condições oculares estão intimamente ligadas. Desta maneira, em muitos casos não há como saber qual apareceu primeiro”, comenta a especialista.
Como é feito o diagnóstico?
Como os sintomas da meibomite são semelhantes a outros problemas que afetam a superfície ocular e as pálpebras, o ideal é procurar um oftalmologista que tenha experiência nos anexos palpebrais, como as glândulas de Meibômio.
“Atualmente temos exames específicos que conseguem avaliar a função das glândulas sebáceas das pálpebras. Conseguimos analisar as condições da superfície ocular, a quantidade e a qualidade do filme lacrimal, entre outros aspectos que são importantes para fechar o diagnóstico”, diz Dra. Tatiana.
Luz intensa pulsada é tratamento eficaz e pode levar à remissão dos sintomas
A partir de 2019, foi autorizado no Brasil o uso da Luz Intensa Pulsada para tratar a meibomite. Muitos estudos apontaram que o uso desta tecnologia é eficaz na redução e na remissão dos sintomas. “Os tratamentos que existiam antes de 2019 não impediam que a pessoa apresentasse crises recorrentes da meibomite. Além disto, não eram eficazes para todos os sintomas”, ressalta a oftalmologista.
Como a luz intensa pulsada funciona
A luz intensa pulsada é uma energia luminosa. No momento da aplicação, a luz se transforma em calor (energia térmica). O calor promove a coagulação e ablação (cauterização) dos capilares. O resultado é a redução dos fatores inflamatórios.
Outro efeito da luz pulsada é a diminuição dos ácaros e bactérias envolvidos na meibomite, como o Demodex brevis e a Bacillus oleronius. Estes micro-organismos estão ligados de forma íntima no desenvolvimento e piora da doença.
Por último, o efeito térmico da luz intensa pulsada ajuda a desentupir as glândulas de Meibômio. Isto porque amolece a secreção acumulada para que o médico a retire de forma manual, após a aplicação. “Ao desobstruir as glândulas, a produção e a secreção voltam ao normal levando à remissão dos sintomas”, comenta a médica.
A luz intensa pulsada para tratamento da meibonite e suas complicações é realizada por meio de três sessões, com intervalos de 15 e 30 dias. Cada aplicação dura em torno de 3 a 5 minutos e só pode ser feito por um oftalmologista treinado para a utilização do equipamento.
Onde encontrar a luz intensa pulsada?
A Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em doenças das pálpebras. A médica atende em seu consultório no Itaim Bibi, na cidade de São Paulo e realiza o tratamento da meibomite com luz pulsada.
O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.
Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423