O excesso de pele nas pálpebras, cujo termo médico é dermatocaláze, nada mais é do que o aumento excessivo da pele nas pálpebras superiores e inferiores.

Dessa forma, o principal sinal é a formação de dobras que podem dificultar o movimento de abrir e fechar as pálpebras superiores.

Isso ocorre devido à perda da força do músculo que levanta as pálpebras e ao peso do excesso de pele na região. Em outras palavras, a sobra da pele nas pálpebras dificulta que você abra e feche os olhos.

O excesso de pele também afeta as pálpebras inferiores, porém de maneira diferente. Na parte de baixo temos mais gordura. Com o envelhecimento, essa gordura passa pelo processo de herniação e resulta nas bolsas de gordura embaixo dos olhos.

Quais as causas do excesso de pele nas pálpebras?

A principal causa é o processo natural do envelhecimento. Basicamente, a pele vai perdendo sua firmeza e tende a “cair”. Além disso, é preciso lembrar que todo o corpo envelhece, incluindo músculos, ossos e demais tecidos, como a gordura.

O rosto passa pelo processo do envelhecimento da mesma maneira que o corpo. Todos os ossos faciais, bem como os músculos e a camada de gordura, sofrem os efeitos de envelhecimento.

Quais os fatores de risco que levam ao excesso de pele nas pálpebras?

Todo mundo envelhece. Mas, há pessoas que devido aos seus hábitos ao longo da vida, podem acelerar o processo e apresentar a dermatocaláze mais cedo.

As condições que promovem um envelhecimento mais precoce são:

• Tabagismo

• Exposição ao sol sem proteção

• Traumas na região

• Doenças que afetam a tireoide

• Insuficiência renal

• Doenças como cútis laxa, síndrome de Ehlers-Danlos, amiloidose, edema angioneurótico hereditário e xantelasma

O excesso de pele nas pálpebras é a mesma coisa que ptose palpebral?

Não! São condições diferentes. A ptose palpebral (queda das pálpebras) é uma doença que tem diferentes origens.

A ptose palpebral pode ser congênita, ou seja, a criança já nasce com essa condição que costuma afetar apenas uma das pálpebras. Há outras causas como doenças neurológicas, traumas etc.

Somente o oftalmologista pode realizar o diagnóstico diferencial entre a dermatocaláze e a ptose palpebral. Nem todos os casos de ptose têm indicação para cirurgia, por exemplo.

Qual o tratamento para o excesso de pele nas pálpebras?

Primordialmente, o tratamento para a dermatocaláze é feito por meio da blefaroplastia, cirurgia plástica para remoção do excesso de pele.

O benefício da blefaroplastia é que a cirurgia não deixa cicatrizes e sua recuperação é rápida e muito tranquila.

As bolsas de gordura também podem ser removidas cirurgicamente. Contudo, há casos em que há outras condições associadas, como os festoons e as bolsas palpebrais.

Para esses pacientes, o tratamento pode ser um pouco diferente. Além da cirurgia, pode ser preciso realizar preenchimento com ácido hialurônico, além de laser e outras técnicas.

 É possível prevenir o excesso de pele nas pálpebras?

Antes de mais nada, é preciso lembrar que o envelhecimento natural é o principal fator de risco e é inevitável.

Contudo, um estilo de vida saudável pode atrasar o surgimento da dermatocaláze.

• Não fume

• Proteja as pálpebras superiores por meio do uso de óculos de sol com proteção UVA UVB

• Use protetor solar nas pálpebras inferiores

• Reduza a ingestão de sal e sódio

• Mantenha uma boa hidratação da pele

• Beba muita água

 

Vale lembrar que a Dra. Tatiana Nahas é oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular.

O consultório fica na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 3071-3423