Muitas pessoas podem apresentar manchas ou placas amareladas nas pálpebras inferiores e superiores na vida adulta. Trata-se do xantelasma. As lesões são formadas devido ao depósito de gordura e colesterol embaixo da superfície da pele. Esse depósito acontece por uma deficiência da oxidação lipídica que dá início a um processo inflamatório que leva às lesões.
O xantelasma é caracterizado por placas macias e amareladas nas pálpebras superiores e / ou inferiores, geralmente no canto medial das pálpebras (mais próximo ao nariz). o xantelasma é uma condição benigna, frequente e recorrente que causa problemas estéticos e costuma ser mais prevalente em mulheres de meia idade.
Tem relação com o colesterol alto?
Sim. Apresentar altas taxas de colesterol não só coloca em risco a saúde cardiovascular, como predispõe ao desenvolvimento do xantelasma.
Impacto estético pode ser importante
O xantelasma não causa nenhum sintoma, porém cresce de forma rápida e progressiva e pode levar um importante impacto estético. É uma lesão que pode tomar uma boa extensão das pálpebras, interferindo no convívio social e afetando a autoestima. Além disso, não regride espontaneamente, precisa ser removido.
Ideal é remover as lesões precocemente
Infelizmente, o xantelasma é uma condição de difícil manejo, justamente por estar localizado geralmente no canto medial das pálpebras, uma região muito sensível e delicada. Os tratamentos podem trazer efeitos indesejáveis. Por isso, o ideal é sempre tratar precocemente.
Para a remoção dos xantelasmas que já tomaram grande parte da superfície das pálpebras e que afetam a autoestima, levando inclusive à privação social, é recomendado uma cirurgia para remover a lesão.
Em alguns casos, pode-se remover o xantelasma no mesmo tempo da cirurgia de blefaroplastia. No caso do xantelasma, a blefaroplastia é feita para remover as lesões e promover um bom resultado estético.
O oftalmologista especialista em plástica ocular é o profissional que melhor conhece a região das pálpebras. Ele irá fazer uma avaliação rigorosa da pele, textura, flacidez, além dos nervos e demais estruturas do olho. Em muitos casos, podem ser necessárias várias cirurgias.
Além de cirurgia, lasers e ácido podem ser eficazes, dependendo do tipo de pele do paciente.
Prevenção
Mas, infelizmente, independente da técnica escolhida, cirúrgica ou não, o xantelasma pode voltar a se desenvolver. Como uma parte dos casos está ligada a altos níveis de colesterol no sangue, uma forma de prevenir o xantelasma é cuidar da alimentação e fazer exames periódicos para avaliar as taxas de colesterol no sangue. Mas, nos casos chamados de idiopáticos, sem causa definida, não há como prevenir.