Sol pode piorar aspecto das olheiras e agravar efeitos do envelhecimento na região palpebral
Há pessoas que usam protetor solar todos os dias. Mas, há àquelas que só lembram do produto no verão ou quando frequentam praias ou piscinas. Os raios solares UVA e UVB são os principais fatores de risco para o envelhecimento da pele, assim como para o desenvolvimento do câncer de pele, o tipo mais prevalente no Brasil.
Todo o corpo está sujeito aos efeitos nocivos do sol. Entretanto, as pálpebras inferiores e superiores sofrem mais. Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de São Paulo, a pele das pálpebras é a mais fina do corpo humano. “Portanto, é a região que tem menos proteção natural contra os raios solares e a que mais sofre com os efeitos do fotoenvelhecimento”.
Existe protetor solar para região das pálpebras?
Sim, atualmente já é possível encontrar protetores solares específicos para as pálpebras. É importante dizer que algumas pessoas podem ser mais sensíveis aos componentes químicos de alguns protetores.
“Isso pode levar à irritação ou alergias oculares. O ideal é procurar os produtos direcionados para as pálpebras ou ainda para a região facial. Lembrando ainda de passar o produto apenas nas pálpebras inferiores e na lateral dos olhos. Jamais aplique o protetor nas pálpebras superiores”, ressalta Dra. Tatiana.
Sol pode piorar aspecto das olheiras
Outro efeito nocivo do sol é que pode piorar o aspecto das olheiras, deixando a área das pálpebras inferiores mais escura. “Quem sofre com as olheiras, especialmente aquelas com tons de marrom ou de roxo, deve ter um cuidado maior ao se expor ao sol. Além de usar o protetor solar na região, é fundamental usar óculos de sol, com lentes de proteção contra os raios solares”, comenta a oftalmologista.
Câncer de pele pode atingir as pálpebras
Dra. Tatiana lembra que proteger as pálpebras do sol não é somente uma questão estética. “O sol pode levar ao desenvolvimento de tumores palpebrais. A maioria se desenvolve nas pálpebras inferiores. O principal grupo de risco são os homens, entre 50 e 80 anos de idade. Já o principal fator de risco é a exposição aos raios solares sem proteção.
“A pessoa deve ficar atenta ao aparecimento repentino de manchas, bolinhas, verrugas ou de outras lesões nas pálpebras. O papiloma escamoso é o tumor palpebral benigno mais prevalente. Sua aparência lembra uma verruga e costuma ter a mesma tonalidade da pele da pessoa, mas pode ser um pouco mais escuro também”, explica Dra. Tatiana.
“Já o carcinoma basocelular é o tumor maligno mais prevalente, correspondendo a 90% dos tumores palpebrais. A lesão se parece com um nódulo duro ou com uma bolha. Pode haver formação de crostas, sangramento e perda dos cílios”, cita a especialista.
Felizmente, a maioria dos tumores palpebrais, desde que diagnosticados precocemente, podem ser curados e, muito raramente, geram metástases. “O importante é o paciente procurar um oftalmologista assim que perceber qualquer sinal anormal nas pálpebras e, claro, proteger a área dos raios solares ao longo da vida”, encerra Dra. Tatiana.
Dicas para proteger as suas pálpebras
- Compre óculos de sol com lentes UVA/UVB. Certamente, aqueles vendidos em comércios populares não possuem essa qualidade
- Peça ao seu oftalmologista a prescrição de um protetor solar próprio para as pálpebras inferiores, lembrando de não usar o produto nas pálpebras nas superiores, pois há risco de irritação ocular
- Use óculos de sol, bonés ou chapéus para diminuir a incidência dos raios solares na região palpebral
- Lave bem as mãos depois de usar o protetor solar, para prevenir irritação/alergia nos olhos
- Fique atento ao aparecimento repentino de pintas, manchas ou verrugas nas pálpebras. Nestes casos, procure seu oftalmologista
- A proteção solar deve ocorrer durante o ano todo, não apenas no verão ou nos dias com sol