Calma, molusco contagioso não é um animal do mar ou algo parecido. Na verdade, trata-se de uma doença infecciosa de pele, causada pelo poxvírus. Os sintomas clássicos são a formação de pápulas (bolhas) rosadas ou brancas na pele que podem coçar, inflamar e doer.
É uma infecção muito comum na infância, principalmente em crianças imunodeprimidas, com dermatite atópica ou ainda naquelas que frequentam piscinas de clubes e academias. Entretanto, também pode infectar adultos, tanto saudáveis, como imunodeprimidos.
Vale ressaltar que é uma condição altamente contagiosa e mais prevalente em países com clima quente, como o Brasil. O vírus pode ser transmitido de pessoa para pessoa, ou ainda pelo compartilhamento de itens pessoais, como toalhas, sabonetes e objetos que entram em contato com o local infectado.
Outra questão é que o próprio paciente pode transmitir o vírus para outras áreas do corpo, o que é chamado de autoinoculação. E é por isso que, uma doença aparentemente inofensiva, pode se tornar um problema mais grave.
Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa de Casa de São Paulo, embora o molusco contagioso, geralmente, tenha uma resolução espontânea, o tratamento precisa ser feito para evitar a contaminação de locais como a região periocular, por exemplo. “Quando a pessoa coça as lesões, pode levar a mão aos olhos e infectar a região. Em outros casos, as lesões se desenvolvem nas mãos, o que facilita ainda mais o contágio da área periocular”.
“As pápulas podem se desenvolver nas pálpebras e nas margens das pálpebras, causando complicações. Uma delas é a conjuntivite folicular crônica. As lesões do molusco contagioso soltam toxinas, produzidas pelo vírus, que irritam a conjuntiva. Enquanto a lesão não for removida, o paciente irá apresentar os sintomas típicos de uma conjuntivite, como vermelhidão, ardência, sensação de corpo estranho, coceira, entre outros”, explica Dra. Tatiana.
Uma outra complicação é que a conjuntivite crônica pode atingir a córnea ou ainda pode levar a uma infecção bacteriana secundária. “Ambas as condições podem resultar na ceratite, inflamação da córnea. Caso não seja tratada, é possível o agravamento do quadro, com vascularização da córnea, cicatrização e opacificação, resultando em perda da acuidade visual”, comenta a especialista.
Diagnóstico e tratamento
Por ser uma doença de pele, normalmente o molusco contagioso é diagnosticado e tratado por dermatologistas. Entretanto, quando as lesões se desenvolvem na região periocular, o paciente deve ser encaminhado para um oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular/cirurgia de pálpebras.
“O tratamento do molusco contagioso é feito por meio da retirada das lesões, uma a uma, com curetagem e cauterização. Após o procedimento, o médico irá prescrever medicamentos de uso tópico, ou seja, que serão aplicados nas lesões”, diz Dra. Tatiana.
Prevenção
Caso a criança esteja nesse grupo de risco, os pais devem ficar atentos ao surgimento das lesões. Em algumas crianças, podem surgir diversas lesões, principalmente no tronco e nos membros e nas genitálias, uma vez que os pequenos têm hábitos de higiene mais restritos que os adultos.
Veja alguns cuidados:
- Ao frequentar piscinas, principalmente as aquecidas, use chinelos
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como toalhas, roupa de cama e roupas em geral
- Se você tem mais de um filho e um deles está infectado, certifique-se de separar roupa de banho e de cama e não compartilhar nenhum item de uso pessoal entre eles
- Cubra as lesões com gases e aconselhe a criança a não coçar as lesões
Eu levei minha filha de 2 anos na oftalmologista e acredito que ela esteja com molusco contagioso, mas foi passado pomadas que nada resolveram, ela tem essa bolinha na pálpebra de um olho, e nada esta resolvendo, agora pesquisando na internet me parece mais plausível ser isso, esta muito difícil encontrar um profissional que acerte, vou levar ela novamente no oftalmologista e colocar essa hipótese em ser molusco contagioso.